domingo, 9 de janeiro de 2011

Menino do mato

O menino usava botas. Estavam sujas de barro. O estilingue preso nas mãos. As mãos sujas de infância. O rio se alastrava manso. O som do passarinho melodiava a trilha sonora constante. O menino procurando uma aventura naquele mundo imenso. Mundo seu. O bosque escondia o perigo. Mas não para ele. Que conhecia os bichos, os ninhos, os nichos, as cobras, as margens e as dobras. O fundo do rio azul dava para um novo mundo. A pequena ponte improvisada de árvore caída de raio, servia de passagem para outro mundo. Sua vida era muita, aos dez anos. Seu dia era enorme. Seu sonho estava ali.

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