Marisa deitou cedo. Apagou o cigarro, desligou o pensamento. Ao fechar os olhos não imaginava o sonho. Sonhou com o amor. O amor que ainda não conhecia. No sonho, ela andava pela rua, quando de repente encontrou um jovem de dezoito anos, dois anos a mais que ela. Ele era alto, moreno, bonito. Para os seus gostos. Os dois conversavam, sonhos são acontecimentos truncados, enredados, sem entendimento racional. O amor estava posto. Ela encontrava-o para casar. Vestida de branco, ele no seu uniforme de herói. Ela, pronta para viver. O beijo. Acordou sossegada. O sol raiava pela janela. Ela sorriu e contentou o coração. Marisa olhou-se no espelho. Sorria, de felicidade pelo sonho. Apenas um sonho. Mas não se sabe. A vida para uma mocinha de dezesseis é ainda uma inteira. Marisa enfeitou seu dia, perfumou seus desejos e saiu, pronta para amar. Não se sabe se o sonho seria real. Ou quem sabe, a realidade seria outra, próxima do sonho. Mas o bom era ter sonhado. Sonhado com o príncipe encantado!
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